NOSSA HISTÓRIA...NOSSO IDEAL...
Poucas pessoas na vida tem a maior da virtudes, que é a perseverança, para conquistar seus sonhos, seus ideais de vida.
A grande maioria das pessoas só sabe reclamar da situação em que vive e culpam o governo, as autoridades constituídas, ou até mesmo a falta de união da comunidade onde é morador por não terem condições mínimas de vida no seu bairro, na sua vila...
Claro que cabe aos governantes, especialmente as Prefeituras das Cidades brasileiras, que governem não apenas para a elite mas tambem governem para os menos favorecidos em infra estrutura socio/educativa/cultural.
Porem, se não houver união entre pessoas de um mesmo bairro/região, a espera por ações efetivas das Prefeituras em bairros nas periferias das Cidades, especialmente os mais longiguos bairros, sera uma espera eterna, que só ocorrerá se a grande mídia apontar o problema e em ano eleitoral para servir de gancho de campanha.
Mas é tambem nossa obrigação e direito constitucional como cidadãos, cobrar do poder publico ações efetivas para a melhoria do lugar onde vivemos, afinal pagamos o mesmo peso na carga tributaria que pagam os bairros de elite, fartos em infraestrutura.
A história de fundação de nossa EM CIMA DA HORA, tem muito a ver com o citamos acima, pois foi movidos por um sentimento de que teriam que tomar uma atitude contra a situação em que viviam, amigos e vizinhos de nosso Presidente e fundador, Jair Santos, tomaram de punho, arregaçaram as mangas e saíram a luta para levar a si mesmo e a comunidade carente do bairro onde residem a esperança de terem no mínimo um futuro melhor.
Com a fundação da Coruja do Samba nosso Presidente e fundador colocou, e até nos dias atuais, coloca emprática aquilo que ele diz ser a real incumbência de uma Escola de Samba, ou seja, trabalho social.
Mas nossa historia necessariamente par ser bem contada tem que se iniciar com a vida sambistica de nosso Presidente Jair Santos.
Nos idos nos 70, Jair conheceu o mundo do samba. Levado por um dos maiores compositores que o Carnaval de São Paulo já conheceu, Odair Fala Macio, ele conheceu o GRÊMIO RECREATIVO E CULTURAL ESCOLA DE SAMBA MOCIDADE ALEGRE, onde permaneceu durante 23 anos de sua vida.
Na tradicional agremiação do Bairro do Limão, em sampa, conhecida como a Morada do Samba, alem de colaborar desde merendeiro (empurrador de alegoria), Diretor de harmonia, comissão de frente e chefe de ala, aprendeu muito com esta agremiação e este aprendizado hoje esta sendo de virtual importância no comando de nossa EM CIMA DA HORA.
Em 1998, não contente com os caminhos que as grandes agremiações sambisticas, salvo raras exceções, tinham em relação a iniciativas sócio culturais a pessoas e famílias carentes, e movido pelo fato que participava ativamente da diretoria da Sociedade amigos de bairro do local onde morava, na qual surgiu naquele tempo a idéia de criar uma Escola de Samba sem pretensões maiores, aproveitando o grupo que desfilava pelo bairro no carnaval como um Bloco de sujos, Jair assumiu o Projeto de peito aberto, chamou a responsabilidade de fundação desta então despretensiosa agremiação, para si, e num churrasco regado a samba e cerveja, com os amigos e vizinhos fundou a nossa querida EM CIMA DA HORA.
Durante este churrasco de fundação da entidade, montou-se a primeira Diretoria Executiva, discutiu-se os parágrafos e artigos de nosso Estatuto Social, escolheu-se a Coruja como nosso símbolo máximo e ao chegar no principal, o nome da Escola, começou a discordância geral. Uns queriam que a Escola se chama-se Imperatriz do Grajaú, outros Unidos do Grajaú e ainda outros nomes surgiram.
No calor da discussão, tocou o telefone. Era um velho amigo de nosso Presidente Jair o qual também tinha sido integrante da comissão de frente da MOCIDADE ALEGRE. Jair prontamente o convidou a participar do churrasco de fundação de uma nova agremiação e que estava acontecendo naquele momento.
O amigo, do outro lado da linha telefônica, disse:
MAS VOCÊ ME CONVIDA AGORA?EM CIMA DA HORA ?
Neste exato momento nosso Presidente Jair largou o telefone e chamou a atenção de todos presentes ao churrasco de fundação da agremiação e falou:
PESSOAL...PESSOAL....Já tenho um nome pra nossa Escola. Será:
EM CIMA DA HORA
Então, após o registro a nível federal, estadual e municipal nos órgãos que compete tal atitude, aos 20 dias do mês de Janeiro de 1998 ''nasceu'' o GRÊMIO RECREATIVO CULTURAL E BENEFICENTE ESCOLA DE SAMBA EM CIMA DA HORA PAULISTANA, entidade sem fins lucrativos, voltada ao samba e o carnaval, mas não deixando jamais de realizar atividades sociais e culturais a carentes, jovens, adultos, idosos e crianças.
Nosso símbolo, a coruja, foi escolhido também por todos neste churrasco de fundação após outros símbolos apresentados terem sido recusados.
A CORUJA DO SAMBA CHEGOU...
Jair Santos, Presidente do Grêmio Recreativo Cultural e Beneficente Escola de Samba EM CIMA DA HORA PAULISTANA, não é uma pessoa conhecida do grande público e nem mesmo dos amantes do samba em geral, mas sua vida, desde a infância, foi influenciada pela cultura do samba e do Carnaval.
Natural da Cidade de São Paulo, Jair Santos começou logo no inicio de sua vida, quando ainda era um garoto,a freqüentar as quadras e ensaios das chamadas grandes Escolas de Samba de São Paulo.
A primeira agremiação em que desfilou foi no Grêmio Recreativo e Cultural Escola de Samba PEROLA NEGRA e nesta agremiação, segundo suas próprias palavras, pouco aprendeu pois participou não efetivamente dos preparativos de Carnaval da Escola e lá permaneceu por apenas um desfile, um Carnaval.
Mas, como se diz no meio sambístico, ele foi "picado" pelo bichinho do Carnaval e num acontecimento no mínimo inusitado quando ele foi vitima de um atropelamento sem socorro, teve como ajuda para levá-lo a um Hospital nada mais, nada menos que um dos maiores compositores do Carnaval de São Paulo, Odair Fala Macio (já falecido) e que durante o trajeto até o hospital prometia para Jair, para acalmá-lo, que ia ficar bom e que ele , assim que tudo voltasse ao normal, levaria Jair no ensaio de uma Escola de Samba.
Odair era nesta época componente da Ala de compositores da Escola de Samba MOCIDADE ALEGRE e passou a namorar a prima de Jair, o que mais tarde viria a facilitar com que cumprisse sua promessa.
Passaram-se meses e Jair Santos ficou bom do acidente, do qual trás até hoje como lembrança uma prótese interna na perna direita, a qual não o impede de nada, apenas limita-lhe alguns movimentos, inclusive para sambar.
Odair cumpriu sua promessa e levou Jair ao ensaio da MOCIDADE ALEGRE.
Foi uma paixão a primeira vista. Jair ficou como membro da Mocidade durante 23 anos de sua vida.
Colaborou com a Escola do Bairro do Limão como Diretor de harmonia, merendeiro (empurrador de alegorias) , Diretor de Harmonia, Comissão de Frente, Chefe (Presidente de Ala), etc...
Até hoje cita a Mocidade como exemplo a nos espelharmos e diz que é muito grato a esta agremiação pois aprendeu muito com a rapaziada da Morada do Samba (carinhoso nome com o qual chamam a quadra da Mocidade Alegre).
Porem, por ter natureza bravia e apta a desafios, Jair, convidado por alguns amigos do bairro onde foi morar ao se casar, o Grajaú, fundou com amigos e vizinhos a nossa EM CIMA DA HORA PAULISTANA
A intenção ao fundar a EM CIMA DA HORA era por em pratica tudo aquilo que ele e seus amigos, fundadores da agremiação junto com Jair, não viam as grandes Escolas de Samba fazerem a suas comunidades, ou seja, o trabalho social, alem, lógico de levar a cultura do samba e do Carnaval a uma comunidade que jamais havia tido o prazer de conhecer estas culturas.
Hoje em dia, após 15 anos de fundação da Escola (a agremiação foi fundada em 20/01/1998, sendo a 1ª escola de samba oficial, devidamente registrada nos orgãos competentes das regiôes: Capela do Socorro, Grajau e Parelheiros) a EM CIMA DA HORA se identifica como uma ONG (Organização Não Governamental) sócio / educativa / cultural e como tal realiza atividades durante o ano todo direcionadas a comunidade carente do bairro e da região onde esta sediada a CORUJA DO SAMBA (Grajaú / Capela do Socorro/Parelheiros).
Atividades como cursos profissionalizantes, grandes ações sociais sazonais que reúnem mais de 3 mil pessoas e são voltadas a prevenção de doenças, saúde dentaria, saúde oftalmológica, orientação jurídica, palestras sobre diversos assuntos (violência doméstica, gravidez na adolescência, etc...) e outras atividades, todas fazendo parte do projeto social da Escola intitulado PERIFERIA DO AMANHÃ...CULTURA É COISA SÉRIA.
Jair é o Samba em pessoa....Come, bebe, dorme e discursa, sempre colocando o samba e a nossa EM CIMA DA HORA PAULISTANA em primeiro plano.
Sua experiência obtida nos anos em que foi membro da MOCIDADE ALEGRE, estão sendo de grande importância para nossa EM CIMA DA HORA.
Jair Santos defende que uma Escola de Samba não pode restringir seus trabalhos apenas ao Carnaval e sim tem que atuar durante o ano todo em iniciativas sociais a sua comunidade, especialmente os carentes, afinal de contas, de acordo com ele mesmo, as Escolas de Samba são ONGs sócio educativas culturais, apesar da maioria das pessoas não saberem disto e do poder publico não as enxergar assim por puro preconceito cultural.
Sua idéia para nossa CORUJA DO SAMBA é em torná-la uma Escola de Samba modelo na qual muitas outras se espelhem para aplicarem a suas comunidades tudo aquilo que puderem levar-lhes de cunho social e educativo.
AS ESCOLAS DE SAMBA SÃO A MAIS GENUÍNA REPRESENTAÇÃO DA CULTURA POPULAR BRASILEIRA.
PENSE SOBRE ISSO !!
Muito se fala do carnaval de forma pejorativa, e mal se conhece seus fundamentos, sua história, e sua importância cultural e econômica para a Cidade de São Paulo e o Brasil.
Baseado nesta frase que iniciamos a mais de 20 anos o projeto socio /cultural de nossa agremiação.
O objeto central deste projeto é formar novas “cabeças”, novos profissionais desta cultura que tanto amamos. Já no alto de seus 60 anos de idade, e 50 anos de militância na cultura simbistico carnavalesca, seria, na visão de nosso Presidente / Fundador, um desperdício passarmos desta vida para outra (se é que existe isto) e levar conosco todo conhecimento que adquirimos nesta jornada.
Pretendo, portanto, formar, informar e criar agentes de cultura que deem continuidade ao sonho lindo de ser e estar Escola de samba.
Lembramos ainda que a região onde estamos sediados, é desprovida de espaços culturais (salvo a casa de cultura de Parelheiros e do Grajau), de escolas públicas em todos os níveis de governo. Isto mesmo, o bairro onde estamos sediados não tem escola municipal, estadual, nem CEI, nem MEI, nem áreas públicas de lazer e nem nada, para uma população de milhares de pessoas.
Portanto a ideia central é formar gestores culturais, pessoas que pensem, que atuem com a intenção de difundir ainda mais e mais, esta nossa cultura, atuando como verdadeiros atores de resistência cultural.
E claro, formar cidadãos de bem.
Então diversas ações são executadas.
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Nossa agremiação é filiada a UESP - UNIÃO DAS ESCOLAS DE SAMBA PAULISTANAS